quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O mundo miss brasileiro pode dar certo?

Can brasil return to the top, like the 50s and 60s?


"Querer que dê certo, a gente sempre quer: (...) Que às vezes nem têm outro jeito, pois nivelamos por baixo: facilitamos as coisas em lugar de dar aos que precisam melhores condições, condições ótimas: isso seria o sensato. (...) Que sejam projetos inteligentes e possíveis; que tenham à frente gente supercompetente, embora competência seja mercadoria rara por aqui. (...) Há gente demais improvisando, viramos o país do improviso, do puxadinho, do jeitinho, do palpite? Os muito competentes podem nem querer certos cargos e encargos.(...) (...) tudo se complica, os jogos de poder, os postos dados por interesse, não pelo preparo e capacidade, tanta trama que nem conhecemos direito, mas de que sabemos o suficiente para ficar de cabelos em pé. (...) eu mesmo assim me interesso extraordinariamente por este país (...) 
Então, quero muito que os novos projetos deem certo, com tudo o que contiverem de bom (o medíocre que neles exista faz parte de sermos humanos).
Resta saber o que é “dar certo”. Um plano com bons projetos é um comecinho. Predominarem boas intenções será dar um pouquinho certo (tudo em diminutivos por enquanto). Ficar em mãos experientes e competentes, sem amadorismo, será dar bastante certo. Passar da utopia para entrar na realidade, com seriedade, seria ou será dar supercerto.
Se tudo sair medianinho, já vai ser um avanço. Chegar a termo será quase um milagre: a gente não vê muito disso por aqui. Não acredito cegamente, pelo que temos experimentado de grandes palavras, grandes planos – e grande esquecimento.
Mas eu quero, eu torço, eu apoio, eu espero, eu observo… e, quando puder, eu comento. Que eu possa comentar só coisas boas, coisas positivas e concretas, e dizer: “Finalmente está dando certo, viva a gente brasileira”. (QUERENDO QUE DÊ CERTO, Lya Luft, Veja, 28.08.12) 
Antes de saber que o texto é de Lya Luft - que não, não estava falando sobre o mundo miss brasileiro -  muitos talvez vissem suas próprias ideias missológicas refletidas nessas palavras. Sim, o mundo miss brazuca precisa parar de nivelar por baixo - e parar de reciclar misses medianas (estatisticamente a reciclagem prova que dá errado quase 100% das vezes, afinal poucas vencem no exterior por mais vezes que concorram); precisa de projetos inteligentes e possíveis - o tal projeto novo prometido pela Band há quase 2 anos atrás ainda não aconteceu; precisa de gente supercompetente - e não coordenadores que estão há 20, 30 anos à frente dos concursos e não venceram sequer um concurso importante no exterior; e precisa parar com os jogos de interesses, tanta trama (ou seria mais um capítulo da novela), o improviso e o jeitinho, sobre os quais falam misses e pessoas ligadas às organizações e que deram origem a uma histórica passeata das candidatas ao Miss RJ no calçadão de Ipanema (veja mais aqui).
Mesmo assim, "querer que dê certo, a gente sempre quer". Todos os brasileiros no mundo miss - fãs, missólogos, experts, comentaristas, analistas (o nome que quiserem) - torcem, apoiam, comentam e mais que tudo, esperam! Quem um dia possam dizer: "está dando certo".
 

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